Depois de alguma ausência aqui no blog principalmente por falta de tempo queria desta vez aqui partilhar um momento que me encheu as medidas desta vez de uma jornada em água doce.
Sempre que o mar não permite a opção é a pesca ao achigã, aliás este ano já terei realizado mais duas ou três vezes mais jornadas aos verdinhos do que jornadas no mar.
Relativamente a capturas considero que tem sido um ano muito razoável com muitas capturas algumas deles de boa qualidade.
Infelizmente continuia a ver-se muito o "culto do saco" e o "culto do achigãnzinho com arroz de tomate" o que impossibilita que exista um numero maior de achigãs a atingir grandes proporções, já para não falar em muitos locais em que foram praticamente extintos.
Felizmente ainda vão existindo alguns locais onde se podem realizar "capturas troféu" e porque não dizê-lo um número crescente de praticantes (ainda bastante reduzido aqui na minha zona) que praticam Catch&release e assim vão salvaguardando o futuro da espécie.
Para quem pratica a pesca ao achigã escusado sera dizer que o prazer que se tira de um dia de pesca no campo (de preferência entre amigos) e da captura desta espécie são sem duvida inegáveis e de um prazer inigualável.
Foi neste clima que num final de tarde decidi com o amigo Bernardo fazer duas horitas de pesca até ao anoitecer e tentar pelo menos acabar o dia na paz do campo e revitalizar a mente depois de um dia de trabalho.
Tudo combinado "em cima do joelho", local escolhido e bora lá meter os vinis a nadar.
Dia encoberto, pouca claridade, vento e águas barrentas deixam a cabeça a funcionar quando se olha para dentro da mochila e entre dezenas e dezenas de opções se tem que escolher a mais adequada para as condições que o dia apresentava.
A minha escolha recaiu numa criatura de tom azulado que não sei bem se imita uma râ, um lagostim ou um extra-terrestre de outra galáxia mas o que é certo é que passados meia duzia de lançamentos consigo com este vinil a primeira captura de um achigã de kg. Exemplar lindo, bem alimentado, merecedor de fotografia mas nem máquina fotográfica nem telemóvel que tinha ficado sem bateria.
Como o Bernardo estava do lado oposto do açude não achei por bem reter o achigã fora de água, icei-o para ele o ver e devolvi depois de bem oxigenado agradecendo-lhe entretanto pelo momento extraordinário que me tinha proporcionado com alguns saltos magestosos fora de água que nos fazem desde logo ter o dia ganho.
Pouco depois acabei por me juntar ao Bernardo e "bater" a zona mais pescada do açude que por norma costuma ter peixe mais desconfiado e ausência de grandes exemplares.....e como me enganei.
Seguindo uma dica do Bernardo que dias antes tinha naaquela zona capturado um belo exemplar na casa de 1,5kg, estiquei bem o lançamento para que o vinil caisse na confusão dos paus e das ervas que como sabemos são vivendas para os verdinhos. A montagem era "à texas" e deixei afundar calmamente a criatura e por entre alguns toques de ponteira e animações lentas sinto umas bicadinhas suaves e paro o vinil e quando volto a animar sinto um ataque brutal que por não ter o drag muito aberto coloca sobre a cana um pressão impressionante. Entretanto consigo tirar o peixe da zona de paus e ervas e sou premiado por dois saltos fenomenais do peixe que não se rendia nem por nada. Quando o consegui encostar à mergem, o agarrei pela boca e o icei estou convencido que um dos melhores momentos de pesca que já vivi.
Fiz uma festa muito breve com o Bernardo que por acaso tinha o telemóvel e pode imortalizar a captura apesar da pouca qualidade que a camara fotográfica tinha o que se refletiu na pouca qualidade das fotos. Pena foi não ter uma balança para poder pesar este belo exemplar que foi concerteza o meu record pessoal.
Depois foi oxigenar bem o peixe e sentir o prazer inigualável de o ver magestoso regressar ao seu reino.
Ainda na adrenalina da captura fui já na fase final premiado com mais um exemplar na casa das 700/800g que fechou com chave de ouro este final de tarde que concerteza tão depressa não vou esquecer.
Aqui vos deixo as fotos
Abraço
Sérgio Tente
4 Fazer comentário:
que belo exemplar....belo animal!
parabéns!
Boas,
Infelizmente não se encontram muitos o que é uma pena pois é um peixe maravilhoso pela beleza e pelo prazer que dá pescá-lo
Abraço
Olá Sérgio, só hoje descobri o teu blog e como pescador que sou, gostei claro.
Sou a favor do apanhar e largar, regra que por norma pratico, mas tb não nego que gosto mt de um achigã assado na brasa! coisa que como 2 ou 3x por ano e fico satisfeito, a partir daí a minha pesca é só pelo divertimento e pela luta que o peixe dá!
Tenho pena quando chego a um açude conhecido por ter tido mt peixe qual o meu espanto e tristeza quando nem uma picada sinto na cana. A estupidez humana é levada ao limite, e a ganância é tanta que não há respeito por nada. E depois admiram-se de a maior parte dos açudes serem privados!
vou acompanhar o teu blog! Cumprimentos
José António Martins
Boas José,
Ainda bem que descobriu o cantinho pescatuga, venha sempre!!
E devolvo todos os achigãs pois considero que a espécie merece devido aos momentos de prazer que proporciona.
Se todos pensassem como o José estávamos bem, ou seja levar meia duzia de achigãs num ano parece-me bastante sensato o problema são aqueles que levam tudo e de todos os tamanhos. Os rapas tem feito com que alguns locais de pesca que outrora eram excelentes sejam autênticos "desertos" de peixe.
Obrigado pela visita e pelo seu comentário.
Cumprimentos
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