Pescatugateam - Digressão à Galiza - Janeiro 2012

Para começar bem o ano de 2012 com ares novos a rapaziada do Pescatugateam combinou mais uma digressão até à Galiza.
Desta vez os sortudos foram o Pedro Batalha, o Nuno Costa, o Bernardo Cardoso e Sérgio Tente.
Devido ao facto de a ultima digressão ter sido excepcional em termos de convívio e tudo o resto que englobou a digressão era muita a expectativa de voltar e passar uns momentos inesquecíveis com a rapaziada junta.
Desta vez o destino foi mais a norte e o rumo foi até à zona da Corunha onde nunca tinhamos estado portanto foi num espírito de descoberta que arrancámos.
Partimos na 6ª feira por volta da meia noite e como a viagem foi de 600km e paragens pelo meio a chegada aconteceu passadas mais de 6 horas e já com o dia a nascer.
Observámos e analisámos algumas zonas antes de iniciar a jornada e então começou a grande questão "onde pescar se isto tem tudo bom aspeto?". Como entre nós existem algumas ideias diferentes sobre abordagens de pesca optámos por nos dividir por zonas diferentes. O Pedro e o Bernardo começaram por um local mais fundo, numa furna de mar bem batido enquanto eu e o Nuno optámos por um local de águas mais baixas.
Começou bem o Pedro com 6 sargos ferrados em 7 lançamentos mas assim como começou bem depressa acabou com os peixes a sairem do pesqueiro e a não darem mais sinais de vida.
No meu caso optei por um local em que existia pouca água mas que achei que com a subida da maré ia proporcionar umas condições excelentes de pesca e assim foi. Eu e o Nuno começámos a bater a mesma zona e logo de início quase todos os lançamentos davam picadas com peixe a sair, a desferrar e alguns sargos grandes a partir. Nesta fase da subida o mar acabou por crescer consideravelmente tornando a zona em que estávamos algo perigosa com as vagas grandes a "comer" o pesqueiro e com as pedras molhadas a serem autênticas armadilhas.
Os sargos iam dando sinal e lá fui compondo uma poça de água com as capturas. Nesta fase o Nuno consegue as duas melhores capturas da digressão com 2 sargos na casa do 1.4kg e na mesma fase eu consigo ferrar 3 sargos dos quais não consegui fazer nada. Num canal bem fundo entre pedras consegui ferrar autênticos comboios que tinham uma crença muito vincada em afundar e fugir para trás de umas pedras das quais era quase impossível tirá-los, foi uma pena pois eram concerteza excelentes exemplares.
Na vazante e já com o Pedro e o Bernardo a pescar em águas baixas o peixe fraquejou um pouco e até final do dia ia saindo um outro sargo mas com pouco ritmo. O cançasso, a chuva e o frio nesta altura também já só pediam Hotel, um banho quente, comer qualquer e descançar.
Neste primeiro dia de pesca saliento para além das capturas uma quantidade enorme de sargos a desferrar e a partir principalmente pelas dificuldades dos pesqueiros com alguns obstáculos e quase todos os sargos virem ferrados pelo beiço. Uma curiosidade importante é que o facto de termos levado engodo não fez qualquer diferença não tendo em nenhum dos dias sentido peixe a entrar ao engodo.
Já no Hotel tivemos a amabilidade do seu dono que nos guardou as capturas numa câmara frigorifica proporcionando assim que o pescado tivesse vindo em excelentes condições.
Depois de uma banho, juntámos os petiscos num quarto, compraram-se umas cervejolas, convívio e depois ainda se seguiu uma ida ao café do Hotel onde se conversou um bom bocado pretexto também para beber mais umas cervejolas e tirar elações daquilo que tinha sido este primeiro dia de pesca. Depois foi cair na cama dormir meia duzia de horas (que pareceram minutos) e acordar ainda de noite para um segundo dia de pesca.
No segundo dia uma das opções seriam uns pesqueiros daqueles de encher o olho mas acabámos por desitir tal não era a dificuldade do caminho (pensando claro que ainda tinhamos um dia inteiro de pesca pela frente e mais 600km de viagem até casa).
Optámos por ficar na mesma zona e acabámos ao longo do dia por andar a saltar de pesqueiro em pesqueiro com o objectivo também de percebermos quais os hábitos dos cardumes de sargos na zona.
A chegada aos pesqueiros mostrou-nos logo que provavelmente seria um dia difícil já que o mar tinha caído muito, as águas estavam lusas e o dia apresentava-se com céu pouco nublado.
O Pedro foi o primeiro a iniciar a pesca tendo corrido uma série de pesqueiros sem sucesso. No meu caso e dos restantes aproveitou-se para espreitar na maré vazia os buracos onde pescariamos e as zonas com mais comida. Curiosamente as pedras na zona não tinham muito alimento com apenas alguns mexilões míudos e com algumas pedras com percebe que quando tinha era enorme. As pedras tinham sim muito limo vermelho e será importante mais à frente falar sobre isso.
Iniciámos todos a pesca "a sério" perto da hora de almoço e apesar de o céu ter tapado e o mar ter crescido qualquer coisa a presença dos sargos foi muito à quem das expetativas. Apesar de termos corrido uma série de pesqueiros diferentes sentia-se muito pouco peixe e os que iam aparecendo não eram grandes ou pelo menos aqueles que estávamos à espera.
Nesta fase o Pedro escolheu um "acantilado" onde ninguêm tinha experimentado e teve um "dejá-vu" do dia anterior com 6 peixes em 7 lançamentos e assim como no dia anterior tal como apareceram desapareceram não dando qualquer sinal daí para a frente. Eu e Nuno optámos de novo pelas águas baixas e também sem grande sucesso. Neste dia o peixe para além de ser em pouca quantidade também vinha todo pelo beiço (nas águas baixas) o que fez com que tivèssemos perdido alguns sargos na luta e a içar.
Depois foi arrumar as coisas passar pelo Hotel, agradecer a amabibildade pela forma como fomos recebidos (como tem sido sempre timbre na Galiza) e toca a arrancar para casa.
Voltando um pouco atrás e falando do sargo em si apercebi-me que os peixes tem na sua dieta as tais algas veremelhas muito abundantes nas pedras locais que depois de os amanhar se percebe bem que sim. Na minha opinião e de todos os que tem comido os sargos que tem vindo da Galiza o sabor do peixe não sendo mau claro fica uns furos abaixo dos nossos. Provavelmente poderá ser da altura do ano mas já aconteceu o mesmo no ano passado e em altura diferente. Depois de provar e comprovar tenho que dizer a titulo de curiosidade que os nossos sargos em termos de sabor tem mais qualidade.
Relativamente à digressão em si podemos dizer que mais uma vez foi excepcional com grandes momentos de pesca e convívio. Deu para estudar mais um pouco os hábitos e caracteristicas de peixe e pesqueiros na costa galega assim como conhecer pesqueiros e paisagens de beleza extraordinária. Não tendo sido forte em peixe mesmo assim deu para todos fazerem o gosto ao dedo e trazer uns sargos de bom tamanho para casa.
Esperamos que se repita muito em breve pois para nós Pescatugateam as digressões à Galiza já fazem parte do calendário anual.
À chagada fomos recebidos com um dia cinzento, frio e chuvoso

Tirando as primeiras impressões ainda cheios de sono

A zona de pesca à maré vazia
Observando os pesqueiros fundos

A minha "arrecadação"

Em pose de final de jornada


Resultado da minha pesca do 1º dia



As capturas do Nuno no 1º dia


Os 2 melhores exemplares da digressão


Bom lote do Pedro nos peixes do 1º dia

Dos bonitos exemplares do Pedro



Estávamos na Galiza portanto bebeu-se "Estrela Galicia"


Um dos pesqueiros do 2º dia...magnífico mas só de maré vazia


Içando um sargo


Dois bonitos exemplares


Nuno e Bernardo em ação de pesca

Pedro em ação de pesca

Capturas do Nuno no 2º dia

4 bonitos exemplares



Bonitos exemplares do Bernardo


Capturas do Pedro no 2º dia


Até breve Galiza
Cumprimentos Pescatugateam

12 Fazer comentário:

Guillermo Maseda disse...

Hola Amigos!!!
Muy bueno el reportaje, las puestas muy apetcibles y los sargos curiosos, Galicia calidade.
Enhorabuena por las capturas y por la aventura en tierras gallegas.
Un saludo compañeros.

Anónimo disse...

Muito bom malta! Adorava ter ido esta vez também mas não foi possível. Fica para uma próxima! Abraço

Xico

Sérgio Tente disse...

Boas Guiller,

Obrigado. Gostamos muito de ir à Galiza por tudo o que envolve os dias de pesca que lá passamos. Grandes paisagens, pesqueiros maravilhosos, peixe e muito boa disposição.

Abraço

Sérgio Tente disse...

Boas Francisco,

Pois foi pena não teres podido ir mas já sabes que a proxima é já em breve portanto borá lá.

Abraço

PêJotaFixe disse...

Viva, rapaziada!
Pesqueiros com muito bom aspecto, nesse local, eram para ter mais peixe, digo eu...
Bons olhos te vejam, Pedro!

Saúde, da boa, para todos!

Anónimo disse...

Ola Sérgio,

Grande é a paixão pela pesca para fazerem mais de 1200 kms para pescar!! De facto eu que lá passo praticamente a temporada toda e estou a 280 kms dos pesqueiros com peixe já fico todo partido quando regresso no domingo á noite....
A costa da Morte é talvez um dos melhores pesqueiros da Europa para um pescador de cana, mas é também a que tem as piores condições atmosféricas.O vento , o vento,o pior inimigo de um pescador de boia, arrebenta qualquer coluna dos pescadores mais robustos.Reunir uma equipa de pesca e prometer um cenário idilico de tempo e mar perfeito naquele sitio é o mesmo que prometer o paraiso na terra.E de sabor o peixe, bem é questionável a opinião:) mas eu acho que o melhor peixe do Mundo é aquele em que reunimos uns amigos e o comemos.Esse é o melhor sabor do mundo.

Voltem sempre!!
Abraço
António Simões

Nuno Caçorino disse...

Pessoal,

Tenho apenas uma palavra para descrever tamanhos momentos entre amigos:

BRILHANTE !

Abraço para todos vós .

Nuno Caçorino

Sérgio Tente disse...

Boas Paulo,

É verdade as condições eram para ter bem mais peixe mas o facto é que não apareceu em grande quantidade. Iam passando alguns cardumes e pareceu-me que os peixes não se estavam a fixar. Nem com engodo nem com vários iscos diferentes.

Grande abraço
P.S - já não te ou-via è algum tempo:)

Sérgio Tente disse...

Boas António,

É verdade a costa da Galiza é um autêntico paraiso para o pescador por tudo o que engloba.
Felizmente temos apanhado sempre tempo razoável e apesar da chuva o vento nunca tem sido impeditivo de fazer as nossas jornadas. Eu é a 5º vez que aí vou a cima e não vou mais porque é impossível para a carteira senão era todos os meses.
De facto o melhor peixe que se apanha aí ou em qualquer lado é mesmo o convívio e ter os amigos juntos.
O sabor é normal que seja discutível e ainda bem que não gostamos todos do mesmo. São bons os sargos (disso não à duvida) e provavelmente até será da altura do ano, mas aqueles que temos comido não estão ao nível dos nossos.
Para a proxima temos que "pescar" aí uma petiscada.

Um grande abraço

Sérgio Tente disse...

Boas Nuno,

Sem duvida que "BRILHANTE" acenta bem para os momentos que lá passamos mas ainda acrescento "MARAVILHOSO".
Aquilo lá em cima vicía....

Grande abraço

Lima disse...

Boas Sérgio, já era para ter comentado antes mas acabo sempre por me esquecer.
Mais um relato e fotos fantásticas que nos deixam sempre a imaginar o convívio que terá sido.
Espero que tenhas gostado dessa zona e que tenhas percebido porque estou "viciado" lá por cima. :) Ali sim, somos nós e a natureza..

abraço e até breve, temos que combinar uma ida lá acima

Sérgio Tente disse...

Boas Lima,

É bem verdade aquilo vícia e de que maneira. Adoro a envolvência de tudo por lá, o mar, a paisagem, tudo e quendo vamos com um bom grupo de amigos então é o paraíso.
Vai dizendo quando lá fores que pode ser que arranja disponibilidade e combinamos uma jornada, era muito porreiro.

Obrigado e um grande abraço