Sérgio Tente

Pesca aos Sargos

Agradecimento

Pesca aos Sargos, Robalos e Douradas

Francisco Santos

Pesca com Sardinha

Douradas

Pesca à boia ás Douradas

Achigãs

Pesca de margem aos predadores de águas interiores

Artigo - Revista "Mundo da Pesca"

Já está disponivel na revista Mundo da Pesca nº134 do mês de Abril mais um artigo elaborado por Sérgio Tente em Destinos de Pesca, desta vez na zona do Cabo Espichel.
Espero que gostem.



Cumprimentos
Sérgio Tente

Pesca ao sargo - Exemplares e retrospetiva 2011

Bem mais vale tarde do que nunca portanto gostaria de fazer aqui uma pequena retrospetiva de 2011. Como a disponibilidade não tem sido muita ainda não me tinha decidido a abordar este assunto mas aqui vai.
O ano de 2011 foi um ano bastante positivo no que toca à captura de sargos. Foi um ano em que houve abundância e também um ano de grandes exemplares.
No inicio do ano com mares grandes e tormentas os sargos sairam em força e encostaram com regularidade para se alimentarem. Com mares de 3, 4, 5 metros os pesqueiros indicados para estes mares produziram pescas de grande qualidade com sargos de bom porte em quantidade muito razoável.
Entre Maio e Outubro, altura em que as águas se encontram com temperaturas excelentes para que o sargo encoste e se fixe nos pesqueiros que mais frequento habitualmente mais uma vez tivémos condições de excelência em muitas ocasiões. Apesar de ter sido um ano algo ventoso principalmente no verão as condições de pesca estiveram quase sempre boas com a água a boa temperatura, mares no ponto, bem oxigenados e com dias de ceu tapado que ajudaram a que nesta fase se tivessem conseguido pescas fantásticas em quantidade mas quase sempre com grandes exemplares pelo meio.
Não foi raro aparecerem sargos na casa do 1.5kg e maiores mas mesmo assim não consegui passar 1.8kg que foi o meu maior exemplar de 2011 não conseguindo bater o meu atual record de 2kg em 2010. Terei tido essa hipotese numa jornada com o Nuno Costa em que ferrei um sargo na casa dos 2.5kg mas que por falta de cesto nessa jornada foi completamente impossível içar pois estava a pescar a cerca de 30 metros de altura.
Nos meses de Outono e Inverno até ao final de 2011 os sargos continuaram a encostar e mais uma vez boas capturas foram acontecendo.
Em suma foi um ano em que durante 12 meses houve sempre onde fazer pescas ao sargo e quase sempre com resultados. Claro que os km´s feitos são incontáveis e desde a costa vicentina até à Galiza muitos foram os locais onde se fizeram pescarias procurando sempre as melhores condições e seguindo os conhecimentos que se tem adquirido ao longo dos anos para com isso estudar os habitos dos peixes.
Duvido que 2012 venha a ser um ano igual mas para já vai sendo fraco apenas com uma ou outra jornada de qualidade mas já com alguns belos exemplares. Faltaram tormentas e mar grande nestes primeiros três meses do ano, agora vamos ver o que nos espera.
Agradeço também a companhia nestas jornadas à rapaziada do Pescatuga pois muitas vezes o prazer de pescar não seria o mesmo sem os grandes momentos de pesca que vamos passando juntos.

Deixo-vos um apanhado de alguns bonitos exemplares capturados em 2011





Estes sargos foram todos capturados pescando à boia


Cumprimentos

Sérgio Tente

Robalos e sargos

Com os dias curtos e o tempo fresco é bem verdade que não dá muita vontade fazer noitadas nem sair muito cedo da cama mas quando o fazemos podemos sempre ter a sorte de ser recompensados.....ou nem por isso.
Nesta jornada eu e o Nuno arrancámos de noite para uma jornada ao robalo, fizémos as duas ultimas horas da noite o amanhecer e o resultado foi nulo. Foi já em plena luz do dia com o sol a bater na água aberta que se sentiram os primeiros peixes no caso robalos que eram os menos provàveis a tal hora e em tais condições. Depois já com a manhã a ganhar terreno mudámos de pesqueiro e fomos para uma frente de mar mais mexidão e batido e ainda conseguimos uns sargos, poucos é verdade mas bons e que deram para alegrar qualquer coisa e fazer do dia um diz razoável esquecendo assim o sofrimento de sair da cama a tais horas e com tais temperaturas.


As nossas capturas


Cumprimentos


Sérgio Tente

Pesca ao sargo - Dia a preto e branco

Pois é as coisas não andam fáceis. Os mares continuam sem grande interesse, muito abertos e paradaos para a altura do ano. Fazem falta umas tormentas para mecher os fundos e para dar alguma alegria às jornadas.
Consultando o windguru pareceu-nos que em determinado dia estariam reunidas as condições ideiais para uma jornada de pesca ao sargo. A opção para esta pesca ao sargo foi como quase sempre uma pesca à bóia com pião. Apesar de não se prever vento e o mar certinho o que encontrámos foi um dia algo ventoso e com mar extremamente perigoso com enchios de meter respeito mas que se faziam seguir de rasadas enormes com as águas a abrirem rápidamente.
Fomos experimentando vários recantos e o resultado sempre o mesmo, muito peixe pequeno, muita salema, boga e algumas viuvas. Com ou sem engodo o resultado não se alterou e foi daqueles dias mais que sofrível apesar de nas convencionais tabelas preverem um dia de grande atividade do peixe (algo a que não ligo muito).
Foi daqueles dias que considero a preto e branco sem nada a dizer a não ser que estar ao pé do mar é sempre um motivo de alegria e bem estar e que para a proxima será melhor...esperemos.


Tal como o dia as fotos optei por serem a preto e branco


O mar num dos pesqueiro:


A frente de pesca



O resultado final da minha pesca......



Uma dupla para o forno


Resta-me agradecer a excelente companhia do amigo Nuno Costa e do António Julio.


Material utilizado nesta pesca ao sargo:

Canas : Tica Taurus 6 metros
Carretos: Shimano Twinpower 6000 FA e FB
Bóias tipo pião
Anzóis hayabusa
Fio Fluorocarbono Maxima
Iscos utilizados:
Gamba, sardinha e caranguejo



Cumprimentos
Sérgio Tente

Pescar Barbos com amostras artificiais

Neste artigo o nosso companheiro Valter Cabral dá-nos umas dicas de como e com que artificiais se podem capturar alguns ciprinideos, neste caso Barbos.
Os barbos pertencem à mesma família das Bogas, Carpas e Pimpões, serão talvez os mais agressivos e oportunistas com uma dieta alimentar mais vasta.
Alimentando-se de pequenos crustáceos, algas, moluscos e outros peixes existentes nas bacias hidrográficas por onde proliferam.
Existem nas águas Peninsulares 5 espécies de Barbos, segundo indicações do livro vermelho dos vertebrados de Portugal, nenhuma das espécies se encontra em vias de extinção, no entanto a espécie Barbus comizo está ameaçado ou em perigo.
Esta situação pode estar relacionada com construção de barragens que não estão preparadas para as migrações na época de acasalamento e posturas, à poluição, à pesca excessiva a alterações climáticas , alterações do habitat.

                                                                       Alburno
Nome cientifico : Alburnus alburn
É mais uma das espécies introduzidas recentemente em Portugal.
Esta espécie é de momento uma das fontes de alimento no predadores que existem nas águas de Portugal e Espanha.
Trata-se de um pequeno ciprinídeo, bastante parecido com o escalo. É no entanto mais espalmado e de cor prateada, com o dorso esverdeado escuro, por oposição ao dourado do escalo. É bastante activo e encontra-se sempre em busca de comida, normalmente em pequenos cardumes desorganizados e junto à superfície da água. Alimenta-se de plâncton e pequenos insectos, crustáceos, larvas e tudo o que possa servir de alimento para refrear a sua voracidade. Os ovos são postos na areia, cascalho ou rocha, a baixa profundidade. Cresce até cerca dos vinte centímetros.
Em anos de calor mais intenso pode ter até 4 posturas.
Fonte parcial do texto e foto: http://barragemstac.blogspot.com/

Para a pesca ao Barbo podem ser utilizados os mais variados tipos de amostra que geralmente se utilizam para a pesca ao Black Bass, Lúcio e LucioPerca.
A sua utilização varia com a época do ano coincidindo com as movimentações dos cardumes dos Alburnos, temperaturas da água, temperatura ambiente e todos aqueles factores comuns à pesca de predadores.
Em zonas de grande profundidade, em épocas mais frias ou durante o Inverno, podemos procurar os Barbos com amostras de profundidade, alternando um spinning lento com paragens e toques pelo fundo.
Algumas das amostras que nos podem dar frutos são do género das Rapala Clanckin Rap. 
Com os cranks de profundidade como os Norman lures e as Lucky Craft também podem realizar boas Capturas.
                                                     Foto:delawaretrophybass.com
                                                               Foto:insideline.net
As amostras articuladas também resultam sejam elas de plástico duro como as River2Sea V-joint ou moles como as revolucionárias e muito realistas Sébile Magic Swimmer.
                                                                     Foto:http://www.peche-leurre-evolution.com
Quando o tempo aquece e os cardumes de Alburnos se movimentam por todas as camadas de água, a pesca com Spinnerbaits, Vinis, Popers e Passeantes como as Headon Zara Spook podem funcionar na perfeição. 

                                                       Foto:http://www.basstackledepot.com   
                                                         Foto:fish-buzzers.blogspot.com
Fica o registo das pescas com inúmeras capturas capturas de Barbos, alguns com mais 5kgs.








Um próximo artigo será dedicado à pesca de um predador que agora já se encontra em algumas das nossas albufeiras e rios; o Lucio

Sargos - Em época fraca dia razoável

Apesar do frio e da época não ser a melhor para pescar aos sargos mesmo assim eu e o Nuno fomos dar uma volta para fazer uns lançamentos e usufruir um bocado do ar do mar.
Como seria de esperar o peixe estava em pouca quantidade e só ia dando sinal da sua presença de vez em quando apesar de as condições de mar estarem bastante boas.
Eu e o Nuno começámos por pescar em locais diferentes, o Nuno numa zona de mar bruto e eu numa zona de mar mais calmo. Foi com umas colheres de engodo que consegui encostar alguns sargos e realizar algumas capturas que já deram para estar entretido.
De tarde batemos uma frente de mar muito forte e oxigenado mas devido à violência da rebentação estava bastante difícil pescar na zona. No meu caso ainda consegui ferrar nesta zona um sargo grande que devido às condições acabou por partir o estralho.
Apesar do frio e das condições deu para relaxar e ainda fazer o gosto ao dedo com uns sargos.
As minhas capturas deste dia

Cumprimentos
Sérgio Tente

Pescatugateam - Digressão à Galiza - Janeiro 2012

Para começar bem o ano de 2012 com ares novos a rapaziada do Pescatugateam combinou mais uma digressão até à Galiza.
Desta vez os sortudos foram o Pedro Batalha, o Nuno Costa, o Bernardo Cardoso e Sérgio Tente.
Devido ao facto de a ultima digressão ter sido excepcional em termos de convívio e tudo o resto que englobou a digressão era muita a expectativa de voltar e passar uns momentos inesquecíveis com a rapaziada junta.
Desta vez o destino foi mais a norte e o rumo foi até à zona da Corunha onde nunca tinhamos estado portanto foi num espírito de descoberta que arrancámos.
Partimos na 6ª feira por volta da meia noite e como a viagem foi de 600km e paragens pelo meio a chegada aconteceu passadas mais de 6 horas e já com o dia a nascer.
Observámos e analisámos algumas zonas antes de iniciar a jornada e então começou a grande questão "onde pescar se isto tem tudo bom aspeto?". Como entre nós existem algumas ideias diferentes sobre abordagens de pesca optámos por nos dividir por zonas diferentes. O Pedro e o Bernardo começaram por um local mais fundo, numa furna de mar bem batido enquanto eu e o Nuno optámos por um local de águas mais baixas.
Começou bem o Pedro com 6 sargos ferrados em 7 lançamentos mas assim como começou bem depressa acabou com os peixes a sairem do pesqueiro e a não darem mais sinais de vida.
No meu caso optei por um local em que existia pouca água mas que achei que com a subida da maré ia proporcionar umas condições excelentes de pesca e assim foi. Eu e o Nuno começámos a bater a mesma zona e logo de início quase todos os lançamentos davam picadas com peixe a sair, a desferrar e alguns sargos grandes a partir. Nesta fase da subida o mar acabou por crescer consideravelmente tornando a zona em que estávamos algo perigosa com as vagas grandes a "comer" o pesqueiro e com as pedras molhadas a serem autênticas armadilhas.
Os sargos iam dando sinal e lá fui compondo uma poça de água com as capturas. Nesta fase o Nuno consegue as duas melhores capturas da digressão com 2 sargos na casa do 1.4kg e na mesma fase eu consigo ferrar 3 sargos dos quais não consegui fazer nada. Num canal bem fundo entre pedras consegui ferrar autênticos comboios que tinham uma crença muito vincada em afundar e fugir para trás de umas pedras das quais era quase impossível tirá-los, foi uma pena pois eram concerteza excelentes exemplares.
Na vazante e já com o Pedro e o Bernardo a pescar em águas baixas o peixe fraquejou um pouco e até final do dia ia saindo um outro sargo mas com pouco ritmo. O cançasso, a chuva e o frio nesta altura também já só pediam Hotel, um banho quente, comer qualquer e descançar.
Neste primeiro dia de pesca saliento para além das capturas uma quantidade enorme de sargos a desferrar e a partir principalmente pelas dificuldades dos pesqueiros com alguns obstáculos e quase todos os sargos virem ferrados pelo beiço. Uma curiosidade importante é que o facto de termos levado engodo não fez qualquer diferença não tendo em nenhum dos dias sentido peixe a entrar ao engodo.
Já no Hotel tivemos a amabilidade do seu dono que nos guardou as capturas numa câmara frigorifica proporcionando assim que o pescado tivesse vindo em excelentes condições.
Depois de uma banho, juntámos os petiscos num quarto, compraram-se umas cervejolas, convívio e depois ainda se seguiu uma ida ao café do Hotel onde se conversou um bom bocado pretexto também para beber mais umas cervejolas e tirar elações daquilo que tinha sido este primeiro dia de pesca. Depois foi cair na cama dormir meia duzia de horas (que pareceram minutos) e acordar ainda de noite para um segundo dia de pesca.
No segundo dia uma das opções seriam uns pesqueiros daqueles de encher o olho mas acabámos por desitir tal não era a dificuldade do caminho (pensando claro que ainda tinhamos um dia inteiro de pesca pela frente e mais 600km de viagem até casa).
Optámos por ficar na mesma zona e acabámos ao longo do dia por andar a saltar de pesqueiro em pesqueiro com o objectivo também de percebermos quais os hábitos dos cardumes de sargos na zona.
A chegada aos pesqueiros mostrou-nos logo que provavelmente seria um dia difícil já que o mar tinha caído muito, as águas estavam lusas e o dia apresentava-se com céu pouco nublado.
O Pedro foi o primeiro a iniciar a pesca tendo corrido uma série de pesqueiros sem sucesso. No meu caso e dos restantes aproveitou-se para espreitar na maré vazia os buracos onde pescariamos e as zonas com mais comida. Curiosamente as pedras na zona não tinham muito alimento com apenas alguns mexilões míudos e com algumas pedras com percebe que quando tinha era enorme. As pedras tinham sim muito limo vermelho e será importante mais à frente falar sobre isso.
Iniciámos todos a pesca "a sério" perto da hora de almoço e apesar de o céu ter tapado e o mar ter crescido qualquer coisa a presença dos sargos foi muito à quem das expetativas. Apesar de termos corrido uma série de pesqueiros diferentes sentia-se muito pouco peixe e os que iam aparecendo não eram grandes ou pelo menos aqueles que estávamos à espera.
Nesta fase o Pedro escolheu um "acantilado" onde ninguêm tinha experimentado e teve um "dejá-vu" do dia anterior com 6 peixes em 7 lançamentos e assim como no dia anterior tal como apareceram desapareceram não dando qualquer sinal daí para a frente. Eu e Nuno optámos de novo pelas águas baixas e também sem grande sucesso. Neste dia o peixe para além de ser em pouca quantidade também vinha todo pelo beiço (nas águas baixas) o que fez com que tivèssemos perdido alguns sargos na luta e a içar.
Depois foi arrumar as coisas passar pelo Hotel, agradecer a amabibildade pela forma como fomos recebidos (como tem sido sempre timbre na Galiza) e toca a arrancar para casa.
Voltando um pouco atrás e falando do sargo em si apercebi-me que os peixes tem na sua dieta as tais algas veremelhas muito abundantes nas pedras locais que depois de os amanhar se percebe bem que sim. Na minha opinião e de todos os que tem comido os sargos que tem vindo da Galiza o sabor do peixe não sendo mau claro fica uns furos abaixo dos nossos. Provavelmente poderá ser da altura do ano mas já aconteceu o mesmo no ano passado e em altura diferente. Depois de provar e comprovar tenho que dizer a titulo de curiosidade que os nossos sargos em termos de sabor tem mais qualidade.
Relativamente à digressão em si podemos dizer que mais uma vez foi excepcional com grandes momentos de pesca e convívio. Deu para estudar mais um pouco os hábitos e caracteristicas de peixe e pesqueiros na costa galega assim como conhecer pesqueiros e paisagens de beleza extraordinária. Não tendo sido forte em peixe mesmo assim deu para todos fazerem o gosto ao dedo e trazer uns sargos de bom tamanho para casa.
Esperamos que se repita muito em breve pois para nós Pescatugateam as digressões à Galiza já fazem parte do calendário anual.
À chagada fomos recebidos com um dia cinzento, frio e chuvoso

Tirando as primeiras impressões ainda cheios de sono

A zona de pesca à maré vazia
Observando os pesqueiros fundos

A minha "arrecadação"

Em pose de final de jornada


Resultado da minha pesca do 1º dia



As capturas do Nuno no 1º dia


Os 2 melhores exemplares da digressão


Bom lote do Pedro nos peixes do 1º dia

Dos bonitos exemplares do Pedro



Estávamos na Galiza portanto bebeu-se "Estrela Galicia"


Um dos pesqueiros do 2º dia...magnífico mas só de maré vazia


Içando um sargo


Dois bonitos exemplares


Nuno e Bernardo em ação de pesca

Pedro em ação de pesca

Capturas do Nuno no 2º dia

4 bonitos exemplares



Bonitos exemplares do Bernardo


Capturas do Pedro no 2º dia


Até breve Galiza
Cumprimentos Pescatugateam